Património Cultural
Sede da Misericórdia
A sede da Misericórdia está localizada no edifício do antigo hospital de Almada, no mesmo local onde se crê ter existido em tempos a albergaria e hospital medieval de Santa Maria de Almada. O antigo edifício, já com 70 anos, tornara-se obsoleto para atender às necessidades dos utentes da Misericórdia e em 1999 foi reabilitado, com exceção da Igreja.
Foi inaugurado em 2001 passando a chamar-se Centro de apoio integrado a idosos de S. Lázaro (C.A.I.I.). Nesse mesmo ano, a Provedoria deixa a Rua Prof. Egas Moniz passando para as novas instalações. Além da Provedoria, no edifício funcionam ainda os Serviços administrativos Centrais.
Morada: Rua D. José de Mascarenhas, nº40 2800-119 Almada
Bandeira da Misericórdia
No âmbito das comemorações do 450. º aniversário da Misericórdia de Almada, o conhecido pintor Louro Artur executou e ofertou a Bandeira Real da Misericórdia, pintada em Dezembro de 2005. Há notícia da existência de pelo menos duas Bandeiras, mas, infelizmente, nenhuma sobreviveu até aos nossos dias. Uma delas foi pintada em 1584 por Giraldo Fernandes de Prado, o mesmo autor dos painéis do retábulo, por encomenda do provedor Bernardo Carvalho. A nova Bandeira Real segue de perto a tipologia das antigas bandeiras reais das Misericórdias portuguesas.
Arquivo Histórico
O Arquivo histórico da Santa Casa da Misericórdia de Almada é constituído pelos fundos da Gafaria de S. Lázaro de Cacilhas, do Hospital de Santa Maria de Almada e pela documentação produzida e recebida desde a fundação da Confraria da Santa Casa da Misericórdia de Almada, em 1555, até à primeira metade do século XX.
O documento mais antigo do arquivo data de 1413 e trata-se de o assento de uma audiência concedida a João Afonso, criado e ouvidor de Nuno Alvares Pereira, no Paço do Concelho em Almada, a João Amador, mamposteiro da Casa dos Gafos de Cacilhas.
A sua documentação espelha a atividade assistencial e religiosa da Misericórdia no concelho, para a qual contribuiu também a Gafaria de S. Lázaro de Cacilhas e o Hospital e Albergaria de Santa Maria, os quais lhe foram anexos em 1562 e 1624, respetivamente. A primeira documentação produzida e recebida pela Santa Casa da Misericórdia foi sobretudo Escrituras de emprazamentos das propriedades, Livros de Tombos, Compromisso, Testamentos, Partilhas de bens, etc. provenientes destes dois estabelecimentos assistenciais.
A partir de 1555, a documentação respeitante à Santa Casa da Misericórdia, incide sobretudo em Regulamentos da Mesa, Provisões e Alvarás régios, Eleições e Assentos de irmãos, Testamentos, Livros de Capelas, Livros de receitas e despesa, Livro de enterramentos, etc.
O Arquivo possui um inventário dos livros existentes e está aberto a investigadores e estudantes. A consulta carece de marcação prévia.